Edição Especial contendo o filme legendado em português o dvd mantem os menus e extras do dvd original americano
Epidemia de Zumbis
Depois de investir em Drácula, Lobisomem, Frankenstein e a Múmia, foi a vez da Hammer voltar seus olhos para outro monstro, o zumbi, e retirar a criatura putrefata do ostracismo de sua tumba cinematográfica em Epidemia de Zumbis, uma das melhores incursões do gênero pré-Romero.
Dirigido por John Gilling, apesar de ser um filme B da Hammer, sem o charme das franquias com Peter Cushing e Christopher Lee, Epidemia de Zumbis é cinema de morto-vivo bem feito, e retorna à origem haitiana do cadáver ambulante e seu envolvimento com o vodu, assim como nos primórdios dos filmes de zumbi na década de 30 e 40.
Situada na Cornuália do Século XIX, um fidalgo local está zumbificando os moradores do vilarejo através de práticas vodu para tornarem-se escravos autômatos em sua mina de estanho, gerando mão de obra para a extração do minério que o deixou rico e ascendeu seu status socialmente. Trabalho morto-vivo forçado tal qual o personagem de Bela Lugosi fazia em Zumbi Branco, gênese do gênero.
Só que os moradores atribuem a morte de seus familiares a uma praga e incompetência do jovem médico Dr. Peter Tompson (Brook Williams), que se vê obrigado a pedir ajuda ao seu ilustre professor da Universidade de Medicina de Londres, Sir James Forbes (André Morell), que viaja com sua filha Sylvia (Diane Clare) até a Cornuália e encontra uma cidade em luto, dominada pelo medo, governada pela mão de ferro do fidalgo Clive Hamilton (John Carson). Além disso, a esposa de Peter, Alice (Jacqueline Pearce), amiga de Sylvia, está agindo de forma estranha, pois na verdade está sob controle hipnótico de Hamilton, que a enfeitiçou através de uma bonequinha de vodu feita de durepox.
Além dos zumbis escravos, o fidalgo conta com um bando de comparsas foras de lei que o ajuda nos serviços sujos e também com nativos haitianos importados da ilha caribenha, que ficam a noite toda batendo tambores usando chapéus com chifres de bisão na cabeça (????). Após a morte de Alice, Peter e James resolvem exumar os cadáveres só para descobrir que eles estão levantando de suas tumbas, enquanto o interesse de Hamilton se volta para Sylvia, o que leva os dois médicos a terem de desbaratar o esquema zumbi do sacerdote vodu antes que seja tarde demais.
Esquecido pela Hammer durante algum tempo, Epidemia de Zumbis teria uma história completamente diferente, e teria seu foco em problemas raciais com nativos haitianos levados ao vilarejo da Inglaterra, que seriam os responsáveis pela praga. Em 1965, o roteiro foi redescoberto e ganhou uma extensa revisão do roteirista Peter Bryant, que resultou nos mortos-vivos com maquiagem putrefata, andar trôpego e olhos vidrados, dois anos antes de Romero revolucionar o gênero em A Noite dos Mortos-Vivos e levantá-los de suas covas de terra e deixá-los sujos e vestidos com sacos de batatas, mais de uma década antes de Lucio Fulci em seu Zumbi 2 – A Volta dos Mortos.
Informações Técnicas
Título no Brasil: Epidemia de Zumbis
Título Original: The Plague of the Zombies
País de Origem: Reino Unido
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento: 1966
Direção: John Gilling
Elenco
André Morell ... Sir James Forbes
Diane Clare ... Sylvia Forbes
Brook Williams ... Dr. Peter Tompson
Jacqueline Pearce ... Alice Mary Tompson
John Carson ... Squire Clive Hamilton
Alexander Davion ... Denver
Michael Ripper ... Sergeant Jack Swift
Marcus Hammond ... Tom Martinus
Dennis Chinnery ... Constable Christian
Louis Mahoney ... Coloured Servant
Roy Royston ... Vicar
Ben Aris ... John Martinus
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